Já conhecemos a nossa pegada de carbono: avançamos a caminho do clima neutro

Já imaginou o que seria vier numa casa sem telhado? Cada vez que chovesse molhar-se-ia, e os aposentos ficariam inundados, o vento arrastaria as suas coisas, nos dias quentes sufocaria com o calor, e os dias frios seriam insuportáveis. Suponhamos, além disso, que esta situação foi provocada por si, e que tenderia a piorar. Procuraria remediá-la, ou optaria por pretender que nada se passa?

Algo parecido está a acontecer com o nosso planeta: o lar de todos está a mudar extremamente rápido, como consequência da atividade humana. A emissão de gases com efeito de estufa (GEI), principalmente de CO2, alcançou níveis recorde. Isto provocou um aquecimento global e uma brisca mudança climática que, de maneira natural, demoraria milhões de anos a produzir-se.

Na verdade, as últimas medições indicam valores de CO2 presente na atmosfera superiores a 400 partes por milhão (ppm), uma cifra alcançada em apenas 100 anos, mas que nunca se tinha registado nos últimos 800 000 anos da história da humanidade.

O IPCC (Painel Intergovernamental de Especialistas em Mudança Climática) eleva até 95% a probabilidade de que a mudança climática se deva à ação do ser humano. Uma mudança que tem provocado desastres naturais cada vez mais frequentes, o degelo dos pólos, secas, etc. Uma mudança que parece inevitável, mas em relação à qual podemos fazer alguma coisa para mitigar os seus efeitos. É uma responsabilidade de todos colaborar para mitigar os efeitos da mudança climática.

Pegada de carbono: a fotografia do nosso impacto no entorno

Uma das primeiras medidas para reduzir e compensar as emissões de GEI é conhecer a quantidade que geramos. Para isso é necessário calcular a pegada de carbono, ou a totalidade de CO2 e CO equivalente emitida como resultado direto ou indireto da atividade de uma pessoa organização, evento ou produto.

A pegada de carbono tem vindo a converter-se num dos principais indicadores de sustentabilidade. Em LoxamHune estamos comprometidos com a proteção ambiental e com o desenvolvimento sustentável, pelo que não hesitamos em trabalhar com este indicador fundamental, que nos permitiu conhecer o nosso impacto no meio ambiente, para o poder compensar.

Convertemo-nos na primeira empresa espanhola do setor de aluguer de maquinaria a medir a sua pegada de carbono e a inscrevê-la no Registo do Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico. Também logramos validar este esforço por parte de AENOR, com a obtenção da certificação ISO 14064 (Gases de Efeito de Estufa) de verificação do cálculo da pegada de carbono.

Objetivo: a neutralidade climática

Não é um caminho simples, mas é necessário. Há que dar o primeiro passo na direção do objetivo de alcançar um Clima Neutro, isto é, compensar 100% da pegada de carbono, e há que fazê-lo quanto antes.

Para nós este é um objetivo claro há mais de 10 anos, com a obtenção das certificações de AENOR de Sistemas de Gestão Ambiental (ISO 14001-2015) e Sistemas de Gestão da Qualidade (UNE-EM-ISO 9001-2015), que reconhecem a nossa responsabilidade para com a proteção do entorno e a gestão dos resíduos.

Mas não nos conformamos: queríamos um compromisso mais profundo. Por isso encarregamos a consultora ambiental Omawa de elaborar um primeiro inventário de todas as nossas emissões. Para este efeito foram tidas em conta as emissões diretas (veículos e combustão) e indiretas (eletricidade adquirida, uso de produtos, disposição de resíduos, etc.) durante o ano 2019.

Plano de redução de emissões: um ponto de partida

O resultado do relatório sobre a pegada de carbono de LoxamHune em 2019 foi de 22 455 toneladas de CO2 equiv. Destas, uma percentagem de 21,2% (4752 t) está associada a emissões diretas; 3,5% (780 t) correspondiam a emissões indiretas associadas ao consumo de energia elétrica, e 75,4% (16923 t) a outras emissões indiretas, associadas a deslocações, viagens, uso de produtos, etc.

Estas cifras podem parecer abstratas, mas cobram importância se as contextualizarmos. Sabia que uma árvore adulta absorve cada ano entre 10 e 30 kg de CO2? Para anular a nossa pegada de carbono precisaríamos de cerca de 22 000 000 de árvores. Compreende agora a importância de reduzir estas emissões?

O estudo identificou também as fontes de contaminação mais importantes: o transporte de máquinas para os clientes (7950 t) e o gasóleo utilizado nas operações (7769 t), que no seu conjunto representam 70% das emissões anuais. Devemos ter em conta que LoxamHune é uma empresa de referência de aluguer de maquinaria para os setores da construção, indústria, energia e eventos, e conta com um extenso parque móvel, de mais de 14 000 unidades.

Os resultados deste estudo proporcionaram-nos o ponto de partida para implementar novas medidas – ou para acelerar as já postas em marcha – para reduzir ou compensar as nossas emissões. Entre estas medidas estão a aquisição de máquinas elétricas (que já representam 36% do total de maquinaria para aluguer), a manutenção remota das máquinas para evitar deslocações desnecessárias, e a valorização de mais de 80% dos resíduos para a sua reutilização.

Mas o nosso trabalho continua. Além de reeditar anualmente o inventário de emissões GEI, para conhecer a sua evolução e aquelas em que devemos agir, o nosso plano contempla uma redução das emissões diretas, através da sensibilização do pessoal para uma condução eficiente dos veículos, e apostando por veículos com baixas emissões de CO2 (elétricos, híbridos, GPL, etc.) mediante acordos com as empresas de renting e concessionários de veículos com quem trabalhamos.

No que diz respeito às emissões indiretas, continuaremos a implementar medidas de poupança energética a curto prazo, como o uso de luminárias de baixo consumo e a substituição de maquinaria antiga por outra mais eficiente. Continuaremos a fomentar as práticas sustentáveis, não só nas nossas sedes – promovendo o teletrabalho, as reuniões online e a digitalização dos processos (objetivo “0 papel”), mas também selecionando fornecedores que partilham o nosso compromisso com o meio ambiente.